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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A Cidadella (A. J. Cronin)


Autor: Archibald Joseph Cronin
Tradução: Genolino Amado
Título original da obra: The Citadel
Editora/Cidade: Livraria José Olympio Editora/Rio de Janeiro
Ano de publicação: 1961
Páginas: 320
Nota: 5/5 (Favoritado)

 “... No entanto se toda a existência de Cronin está dentro do livro, o livro não se resume a essa vida... Pode ser que o autor, ao iniciar o romance, tenha procurado somente contar a história de um jovem médico em luta com a sua classe, em luta com os seus próprios ideais, em luta com as suas noções de faculdade, em luta com a organização social, em luta consigo mesmo. [...] É a vida de todos os médicos que está no livro. E, coisa mais importante, é a vida.”
                                                                                                      Genolino Amado

Este livro é um clássico da medicina no início do século XX, se iniciando com a chegada de Andrew Manson na desolada cidade em Blaenelly, ele tinha acabado de sair da faculdade e este era o seu primeiro emprego da carreira médica aonde iria seria assistente de um Doutor.
Logo no começo, enfrenta dificuldades, pois percebe que não sabe nada além de fórmulas de livros e remédios citados. Sua vontade de melhorar e combater o sistema já definido pelos mais antigos é o que lhe move, nesta sua jornada muito poucos lhe apoiam, mas os que tentam molda – lo ou até mesmo derrota – lo, são muitos.
Até que conhece Christine, a professora da cidade, e logo se encanta com sua simplicidade, seu jeito meigo e ao mesmo tempo com sua inteligência e firmeza.
Andrew logo consegue uma oportunidade melhor, que encaminha para outras novas oportunidades. Movido pelo desejo de vencer e com princípios firmes, ele segue a nova direção perfeita que lhe vai aparecendo. Mas será que vai ser da maneira certa de conquistar o reconhecimento? Em um mundo onde às pessoas tem doenças porque querem ter, e o sistema funciona com injeções e remédios de água, e o único interesse é o dinheiro e o que ele pode dar.

O livro é dividido em quatro partes, e a história oscila entre partes mais parada e em seguida um pouco de ação, fazendo com que a leitura não se torne cansativa, o espírito do personagem principal acompanha essas oscilações.

     O personagem que mais me chamou atenção foi de fato Andrew, pois possui características bem marcantes, o que torna o livro quase real. Não iria conseguir descrevê – lo bem sem dar spoilers, mais posso dizer que ele defende seus ideais com convicção, seus discursos são espontâneos e maravilhosos, e apesar de ter um carinho pelas pessoas, muitas das vezes acaba sendo grosseiro com quem não devia, sem mesmo perceber.
O autor lançou o livro em uma época mais reservada, e acredito eu, que isso foi um grande desafio, tanto que abalou toda a Inglaterra e o Parlamento pretendia proibir o livro de circular.
Ele também conseguiu fazer com que os personagens se tornassem "vivos", e apesar da história ter surgido no ano de 1937, ela ainda se encontra bem presente. Como se trata sobre a vida de um médico, os assuntos, a história em si se trata da medicina, então o livro tem alguns termos científicos. Mas pode servir de modelo para todas as outras profissões, e se pode tirar muitos bons exemplos.

 “Devemos ser mais liberais do que somos. Se dermos para achar que tudo fora da classe é errado e que tudo dentro dela está certo, então será a morte do progresso científico".
O que acharam?
Gostaram deste novo modelo de resenha?

Beijinhos

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